segunda-feira, 20 de maio de 2024

Faça a vida valer a pena: Invista mais em você / Make life worth living: Invest more in yourself / Haga que la vida valga la pena: invierta más en usted mismo

Vale a pena viver. E a maior prova disso é que lutamos para chegar até aqui. Não importa como, mas eu e você nos esforçamos muito para viver do jeito que vivemos. E, se você lê este livro, fomos bem-sucedidos nesse empreendimento. “Valeu a pena?”, pergunta o poeta. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, responde o poeta.

Uma vida que vale a pena é aquela em que a gente consegue se tornar o que é. É a vida em que uma pessoa se torna capaz de viver de forma concreta a realidade de ser quem é, de assumir-se e de reconhecer-se. A vida que vale a pena não é medida pelo que se tem, mas pelo que se é. Para ser o que somos custou muito esforço, muita dor, muito sonho, muita esperança, muita desilusão, muito erro, muita queda, muita paciência, muita perseverança e muito aprendizado.

O que quero propor a você neste livro é uma reorientação da vida daqui pra frente. Reorientar a vida implica rever valores, hábitos e costumes, exige novos sentidos, requer novas atitudes. Não que você tenha feito errado antes, mas significa que você pode dar uma chance a si mesmo de tentar de outro modo.

Muitos têm tentado dizer o que é uma vida que vale a pena ser vivida, mas poucos têm procurado oferecer diretrizes seguras para uma vida realmente relevante e significativa. Entretanto, só vamos saber se todo o esforço aplicado foi eficaz no final da jornada.

(Trecho extraído da apresentação do e-book Faça a vida valer a pena: invista mais em você. Disponível no site da Amazon: https://www.amazon.com.br/dp/B014GSKFCO).

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Inundações no Rio Grande do Sul acendem o sinal vermelho da crise ambiental / Floods in southern Brazil turn on the red flag of the environmental crisis / Inundaciones en el sur de Brasil encienden la bandera roja de la crisis ambiental

 

As chuvas que caíram sobre o Estado do Rio Grande do Sul, na região Sul do Brasil, na última semana provocaram uma catástrofe ambiental sem precedentes. Dos 497 municípios, 336 se encontram em estado de calamidade. O Estado inteiro registrou inundações, sendo que em grande parte foram confirmadas inundações severas.

A explicação científica desse fenômeno climático remete à crise ambiental que afeta a vida no planeta com impactos expressivos sobre o clima e, consequentemente, ao meio ambiente. já há algumas décadas, estudiosos vêm alertando sobre os riscos e as consequências da exploração da natureza, medindo aquilo que poderia ser considerado como ponto de não retorno. Ou seja, o limite em que a vida no planeta encontra-se em situação de colapso.

O sinal vermelho acendeu para toda a humanidade. É preciso parar para socorrer as vítimas e reparar os danos. A mentalidade consumista, acumuladora e gananciosa não comporta mais diante do que se viu – e ainda se vê. O Rio Grande do Sul é um Estado forte, de economia pujante, responsável por grande parte da produção nacional de grãos, carnes e vinhos, possui uma indústria sólida e uma atividade cultural dinâmica. Sua história é marcada por lutas para a afirmação de um povo que se orgulha de suas origens.

Essa tragédia tem culpados, e é preciso aponta-los: são todos aqueles que negaram os muitos alertas da ciência e que não tomaram as providências devidas tendo em suas mãos o poder de fazê-lo. Antes de dar nomes ao bois, é preciso socorrer as vítimas e atuar de forma justa para aliviar o sofrimento das famílias e ajuda-los a reconstruir o que perderam.

Além de acender o sinal vermelho para a crise ambiental, essa tragédia é também a prova inequívoca de que é preciso praticar a Justiça Climática e Ambiental. O objetivo deve ser não só amparar os que foram atingidos pelos temporais, mas também reverter o cenário de crise que ameaça a vida. Trata-se de se levantar um conjunto de ações que envolvam tanto os governos como também o setor produtivo e a sociedade civil em geral para parar de vez os desmatamentos e as agressões aos biomas que ainda restam.

Quando falamos em Justiça climática, nos referimos ao o modo como os movimentos sociais têm abordado os problemas decorrentes das mudanças climáticas vividas nos últimos tempos. Eles vão além do aquecimento global. A alteração do clima na natureza não afeta só o meio ambiente, mas todas as relações sociais, econômicas e políticas da humanidade.

Para tratar da Justiça climática, é preciso levar em conta princípios de Justiça Social, ética e responsabilidade histórica pelas causas e feitos das mudanças climáticas. O apelo da Justiça climática é para que haja igualdade de direito para com os grupos que são desproporcionalmente afetados, geralmente que se encontram entre as camadas mais pobres da sociedade e pessoas vulneráveis, como mulheres, negros, idosos e crianças.

As mudanças climáticas são, de fato, uma realidade global, mas suas consequências afetam as populações de forma desigual. As pessoas mais afetadas pelas mudanças climáticas são aquelas que menos participam das causas do aquecimento global.

E quando falamos de Justiça ambiental, no referimos à desigualdade da distribuição dos riscos ambientais. A ideia é reunir esforços coletivos para que nenhum grupo social tenha que sofrer consequências da degradação ambiental mais do que o outro.

Ao longo do tempo, as grandes potências mundiais destinaram suas indústrias mais poluentes para países em desenvolvimento enquanto a administração se localizava nas sedes das grandes cidades dos países mais desenvolvidos. O que a Justiça ambiental deseja é que haja tratamento justo para que todos e todas tenham acesso a uma vida mais saudável.

Quando escrevo esse texto, novas chuvas são previstas para esta semana, mas ainda tem gente ilhada, muitas ainda sobre os telhados de suas casas, esperando serem resgatadas. A cidade de Porto Alegre, capital do Estado, continua inundada, numa cena jamais imaginada. Para nós que estamos longe, só resta apelar pelo socorro divino.

Foto: Renan Matos/Reuters, publicado pelo Uol.

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