Muitas pessoas fazem questão de serem sinceras. Isso é bom. O problema é quando começam a falar. Geralmente começam com a expressão: “sinceramente...” Para a nossa sociedade, sinceridade virou uma forma de agressividade verbal em que se diz aquilo que vem à boca sem qualquer reflexão crítica.
Essa sinceridade que diz o que vem de imediato à mente inaugura um discurso de rejeição ao outro, no qual se ressaltam as diferenças e se rejeitam as aparências. Na verdade, não passa de uma grosseria e de intolerância por parte de quem fala, principalmente quando é dita sem piedade, sem compaixão pelo outro. A sinceridade sem amor é crueldade.
Esse tipo de sinceridade não faz bem a ninguém. Esse jeito de dizer sem refletir gera expectativas falsas em relação ao outro e em relação a si mesmo. Além disso, falseia o sentido de coragem, uma vez que corajoso não é aquele que avança de peito aberto contra o inimigo. Mas aquele que reconhece as suas potencialidades e sabe de fato quem é.
Porém, sinceridade não tem nada a ver como a maneira como você vê o outro. A palavra vem do mundo da marcenaria. Os fabricantes de móveis, quando usam uma madeira com falhas, usam a cera para escondê-las. Um móvel sem cera é um móvel liso por natureza, que mostra a madeira tal como ela é. Assim é também uma pessoa sincera.
Sinceridade tem a ver com a maneira como você vê a si mesmo, tal como você é, por trás das máscaras que você usa para se relacionar com os outros. O modo como você vê a si mesmo interfere no modo como você vê o outro.
Por isso que a verdadeira dimensão da sinceridade só pode ser encontrada na confissão. Não a confissão formal, por motivos de uma obrigação religiosa. Mas a confissão como um ritual de autoconsciência.
A sinceridade é, portanto, uma atitude de auto-análise, de exame de si mesmo. É também uma exigência para que você se reconheça como pessoa e para que saiba tanto dos seus limites como de suas potencialidades.
Isso implica em um exercício de entrega ao outro, isso influencia o modo como você se mostra ao outro. Quer ser sincero? Diga para você mesmo, assim, “na lata”, quem você é!
Essa sinceridade que diz o que vem de imediato à mente inaugura um discurso de rejeição ao outro, no qual se ressaltam as diferenças e se rejeitam as aparências. Na verdade, não passa de uma grosseria e de intolerância por parte de quem fala, principalmente quando é dita sem piedade, sem compaixão pelo outro. A sinceridade sem amor é crueldade.
Esse tipo de sinceridade não faz bem a ninguém. Esse jeito de dizer sem refletir gera expectativas falsas em relação ao outro e em relação a si mesmo. Além disso, falseia o sentido de coragem, uma vez que corajoso não é aquele que avança de peito aberto contra o inimigo. Mas aquele que reconhece as suas potencialidades e sabe de fato quem é.
Porém, sinceridade não tem nada a ver como a maneira como você vê o outro. A palavra vem do mundo da marcenaria. Os fabricantes de móveis, quando usam uma madeira com falhas, usam a cera para escondê-las. Um móvel sem cera é um móvel liso por natureza, que mostra a madeira tal como ela é. Assim é também uma pessoa sincera.
Sinceridade tem a ver com a maneira como você vê a si mesmo, tal como você é, por trás das máscaras que você usa para se relacionar com os outros. O modo como você vê a si mesmo interfere no modo como você vê o outro.
Por isso que a verdadeira dimensão da sinceridade só pode ser encontrada na confissão. Não a confissão formal, por motivos de uma obrigação religiosa. Mas a confissão como um ritual de autoconsciência.
A sinceridade é, portanto, uma atitude de auto-análise, de exame de si mesmo. É também uma exigência para que você se reconheça como pessoa e para que saiba tanto dos seus limites como de suas potencialidades.
Isso implica em um exercício de entrega ao outro, isso influencia o modo como você se mostra ao outro. Quer ser sincero? Diga para você mesmo, assim, “na lata”, quem você é!
Grande Irênio...
ResponderExcluirJá ouvi dizer também que a palavra "sinceridade" tem origem no teatro greco-romano, onde o ator se apresentava com o rosto sem máscaras, sem cera.
Um grande abraço
Neuber
Perfeito. Essa é a verdadeira origem da idéia de máscaras aplicada à personalidade. Na filosofia, Nietzsche fala muito sobre isso. Valeu.
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