O que você
faria se soubesse que tem apenas um dia de vida? Este foi o dilema de Jesus nas
últimas 24 horas antes de sua crucificação. Porém, ele fez coisas e deixou
lições que valeram para toda a humanidade.
Como lidar
com a ambiguidade da vida e ainda assim deixar um legado para as próximas
gerações? Viver cada momento como se fosse o último, mesmo em situações
adversas, pode ser determinante para as escolhas que temos a fazer.
Você
certamente já conhece a série de tevê norte-americana “24 horas”, em que um
agente secreto tem apenas 24 horas para desvendar um caso. O mais curioso da
série é o título em inglês que ela recebe: “Deadline”, que pode ser traduzido
como “prazo final” ou mesmo “tempo determinado”. Literalmente quer dizer “linha
da morte”. O termo é usado para definir o prazo de entrega de um determinado
projeto ou serviço.
Isso lembra
a necessidade de aproveitar bem o tempo e as oportunidades. Para não perder nem
uma coisa nem outra, você precisa ter propósito naquilo que faz, principalmente
quando a vida de outros está implicada. Precisamos aprender a conviver com o
fato de que a vida é limitada e as oportunidades são únicas e decisivas para a
nossa realização pessoal.
Mais do que
isso: a nossa vida é uma oportunidade única para sermos aquilo para o qual Deus
nos criou. Se levarmos em consideração o que o astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser
tem afirmado, chegaremos à conclusão de que, de fato a vida é rara. Ele disse: “temos que repensar nossa importância cósmica, como
seres pensantes num universo em que a vida é extremamente rara.” O
físico inglês Stephen Hawking reconhece que não só a Terra, mas o
universo inteiro é propício à vida, e em particular à vida humana. Isso deve
nos levar a celebrar a vida e a fazer dela mais significativa. Os dinossauros e
os neandertais viveram milhares de anos neste planeta sem precisar de
automóveis, avião ou celular. Nós, no entanto, temos inteligência suficiente
para torná-la mais significativa sem que isso signifique um risco para a sua
manutenção.
Viver, por
si mesmo, não tem um plano. Nós é que precisamos dar à vida um sentido de
existência. E o prazo que temos para fazer isso é agora. Ninguém pode decidir o
que acontecerá amanhã, por isso é que se torna muito importante fazer bom uso
de cada momento vivido. As coisas que fazemos, nossas escolhas e os
relacionamentos que desenvolvemos hoje são oportunidades únicas de fazermos com
que nossa vida seja mais significativa tanto para nós mesmo quanto para aqueles
que amamos.
Nas últimas
horas de Jesus, ele tomou decisões importantes e realizou coisas expressivas
para aqueles a quem amava que tiveram consequências para toda a humanidade. Em seu
último dia de vida antes da cruz, ele fez questão de estar em comunhão com seus
amigos, foi traído por um dos seus, gastou tempo a sós com Deus, foi preso e
julgado injustamente e ainda trilhou o caminho humilhante da cruz. A maneira
como enfrentou cada circunstância, mesmo as mais duras e contraditórias, foi
enfrentá-las como oportunidades únicas para deixar uma lição de vida.
O tempo que passamos
ao lado de pessoas queridas, a maneira como lidamos com aqueles que nos fazem
mal, nossa intimidade com Deus, os juízos que nos são lançados e as lutas que
temos que enfrentar são situações que estão sempre presente em nosso cotidiano.
Elas exigem de nós escolhas e atitudes que podem deixar marcas profundas que
vão afetar as pessoas a quem amamos.
Jesus deixou
seu exemplo de vida até mesmo no seu último dia. A cruz não foi o seu fim, mas
o começo de uma grande obra transformadora que atinge a toda a humanidade. E ele
soube aproveitar cada momento em que aqui viveu para colocar a sua vida toda a
disposição do propósito divino de salvar a humanidade. Isso deve nos levar a
pensar no que fazer neste tempo que nos resta, não importa o quanto seja.
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