É a história de um projeto divino que vem sendo costurado há
muitos anos. Na revelação bíblica, o desejo de Deus já havia sido dito: “Estabelecerei
a minha habitação entre vocês e não os rejeitarei. Andarei entre vocês e
serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo” (Levítico 26.11,12).
E o desejo divino se realizou. Maria anunciou: “Louvado seja
o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lucas 1.68). O apóstolo João descreveu: “Aquele que é
a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do
Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14). E o apóstolo Paulo confirmou
aquela palavra do Levítico, acrescentado que “[...] somos santuário do Deus vivo
[...]” (2 Coríntios 6.16),
porque Ele habita entre nós.
A história do Natal é de encorajamentos, superações e
resistências. Fala de uma comunidade pobre, de uma mãe solteira, de um pai
adotivo, de um bebê perseguido, da companhia de humildes, de adoradores de
outras culturas e experiências religiosas, de uma família migrante. Deus
escolheu as formas mais desprezíveis para conferir a elas dignidade e graça, os
ingredientes necessários para seguir em frente.
O Deus que se faz presente entre nós encoraja a lutarmos em
tempos difíceis. A pandemia ajudou a realçar problemas humanos que estavam bem
disfarçados, como a prepotência dos poderosos, o ataque aos Direitos Humanos, a
carência de justiça social e a afronta que é a desigualdade por motivos
econômicos.
O Natal é o tempo de lembrarmos que Deus acolhe os mais
pobres, dá força aos que estão cansados, concede honra aos humildes e encoraja
os explorados e vítimas da maldade. Ele também destrói toda a soberba e
desbarata todo poder. Tudo para fazer com que não estejamos sozinhos, para que
todos nos sintamos incluídos em seu projeto de fazer da humanidade uma grande
família de muitos irmãos e irmãs.
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