“Não me envergonho do evangelho, porque é o poder
de Deus para a salvação de todo aquele que crê [...].” Romanos 1.16
O evangelho é a boa notícia de que
Deus se importa com nossas dores. É ouvir a voz de Jesus que nos chama para
segui-lo e a viver no mundo a nova vida que nos propõe.
Acolher o evangelho, porém, tem
implicações na vida do crente, remete a uma tomada de posição. Seguir a Jesus é
um fato histórico que só dá para ser realizado na mesma dimensão da revelação
de Deus na figura histórica de Jesus de Nazaré, o verbo encarnado.
O poder do evangelho só faz
sentido no contexto do Reino de Deus. Não corresponde a uma acumulação de
forças nem manifestação de autoridade, mas uma relação que se expressa sob a
forma de missão. É poder de Deus que me interpela a que faça um deslocamento
para o lugar do outro.
Para que o poder do evangelho seja
exercido, é preciso conjugar proclamação e compaixão que brotam do amor
comprometido. A proclamação é testemunho da fé e a compaixão é a capacidade de
sentir a dor do outro.
Aquilo que não gera compaixão
pelas pessoas que são vítimas de um mundo desigual, acaba mutilando, inibindo e
envergonhando o evangelho em nós. A vergonha do evangelho é o que impede o
testemunho e conduz a uma vida omissa em relação às possibilidades de
transformação que ele proporciona.
Pessoas que não têm vergonha do
evangelho são aquelas que são úteis nas mãos de Deus e se oferecem como agentes
de transformação para um mundo carente de vida.
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