sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Por que Filosofia? Por que Espiritualidade? / Why philosophy? Why Spirituality? / Filosofía y espiritualidad

Tenho me dedicado há cerca de cinco anos aos estudos filosóficos propriamente dito. Minhas leituras, meus estudos, todos estão relacionados aos temas que mais diretmente tocam o campo da reflexão filosófica. Mais especificamente, me interessa o campo da ética e sua relação com a produção de sentido. Meus estudos de pós-graduação dizem respeito à formulação de uma reflexão ética dentro do contexto da pós-modernidade e da teologia protestante.
Talvez você possa até perguntar sobre o que uma coisa tem a ver com a outra. Mas, depois de me dedicar por 20 anos aos estudos teológicos e ao ministério pastoral, chego à conclusão de que meus primeiros questionamentos se tornaram urgentes em tempo de crise ética. Desde o começo de minha caminhada teológica, tenho me deparado com uma crise que cerca a vida religiosa e que me aponta para uma necessidade de reflexão. Tenho para mim que a crise pela qual o cristianismo passa é uma crise ética, que está ligada ao ao m odo como os cristãos desse tempo afirmam sua fé e tornam o seu modo de ser visível para o outro.
Vivemos em uma sociedade que tem se acostomudo a conviver com a hipótese de um Deus ausente. O ateismo tem sido ensinado como uma crença, associada a uma nova moralidade caracterizada pelo hedonismo e por uma atitude narcisista. E aquilo que serviu de base para a fé, tem sido ministrado dentro de princípios fundamentalista por líderes religiosos cada vez mais destituídos de caráter e compromisso com aquilo que eles mesmos professam.
Neste espaço, espero compartilhar com vocês minhas impressões e preocupações e receber críticas e sugestões de caminhos para uma reflexão saudável sobre esse tema. Convido você para essa caminhada.

2 comentários:

  1. A Espiritualidade é uma tecnologia interior?

    Cada vez que faço esta pergunta (a mim mesmo) percebo a necessidade de algo mais em nossas vidas. Sinto a necessidade de nos aprofundarmos em nossos propósitos, realizarmos projetos ha muito engavetados, sonhos ha muito esquecidos ou guardados. Existe um sentimento de urgência em ganharmos coragem de mudar alguns aspectos em nós mesmos, para que tenhamos a possibilidade de conjugar o verbo Ser no tempo presente.
    Acredito que quando este sentimento bate à porta do nosso templo sagrado, (o coração), um grande portal se abre e a nossa consciência se prepara para um salto quântico, canalizando para nossas vidas ondas da energia vital com "pacotes" de Luz (informação, sabedoria e conhecimento) e Amor (eletricidade, movimento e liga universal) potencializando nossa existência no aqui e agora.

    Cada um de nós escolhe de forma consciente, ou inconsciente, um caminho espiritual para seguir. Às vezes, ele vem através da física e da matemática, outras vezes, na forma de um mestre (Jesus) amoroso, que sentimos que devemos seguir e respeitar até o fim.

    O grande mal da humanidade é viver em dúvida e entregue à dualidade de tudo que vê e sente. Se pudermos lançar mão de preceitos mais elevados e viver, pelo menos, na tentativa de alcançá-los, isto nos tornará pessoas melhores em nós mesmos e consequentemente para os outros também.

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  2. Oi Jorge
    Esse é o propósito do blog: refletir sobre a necessidade humana de tratar de questões para as quais não temos o menor conhecimento. Isso que você fala de urgência é algo que acompanha os questionamentos da humanidade há muito tempo. Sócrates já tratava disso como um cuidado de si. Os gregos inventaram o caminho da ascese. O problema é que a humanidade vive um momento em que temos uma diversidade de informações e acaba por enveredar por um caminho marcado pela ambigüidade. É nesse ponto em que afirmo a espiritualidade cristã. jesus Cristo focalizou esse problema e buscou atrair para si essa temática. Por diversas vezes ele fez (e faz, porque está nos evangelhos assim) o convite "vinde a mim"e "segue-me". Você já pensou nessa possibilidade? Continue lendo as postagens e continue mandando os seus comentários. Bem-vindo a mais essa, mano.

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