Se vamos ter uma caminhanda em que a filosofia é o foco de nossa reflexão, a pergunta é: o que é filosofia? Embora você possa ter uma idéia formada sobre esse assunto, quero adiantar que não é uma pergunta fácil de ser respondida. Aliás, ninguém, em quase 2.800 anos de história da filosofia conseguiu respondê-la satisfatoriamente.
Gilles Deleuse tentou responder a esta pergunta. Mas ele tentou responder apenas num momento em que se achava experiementado o suficiente para o fazer. Não é isso que quero fazer aqui. Esta não é uma questão que se responda de pronto. Não há uma resposta objetiva para ela. Desde Pitágoras, para quem o filósofo era um amante da sabedoria, esta pergunta tem sido feita ao lado ou acompanhado de uma outra: pra que serve a filosofia?
Filosofia é o pensamento que se pensa. Esta é uma idéia clássica para um início de conversa. Para Platão, é a alma pensando em si mesma; pra Heidegger, filosofia é pensamento. Quando meus alunos me perguntam sobre o que é filosofia, tenho até uma resposta pronta: é uma inquietante pergunta pela vida.
E meus alunos, já filósofos de plantão, reagem com outra questão: mas o que é a vida? Aí, lembro de Dominico de Masi que, ao receber essa mesma indagação, responde: é caminhar na direção do outro.
Embora essa questão não possa ser respondida satisfatoriamente, dá pra se saber, pelo menos, o que não é filosofia: não são elocubrações, não são generalizações, não são sistemas de pensamento, não é estilo de vida, não são doutrinas.
Dá pra se saber também pra que serve a filosofia: para exercer uma reflexão crítica da realidade.
Dá pra se perceber ainda que a filosofia é uma atitude em que o pensamento analisa radicalmente a complexidade da realidade, numa busca incessante pela verdade.
Dessa forma, a filosofia é uma atitude que diz respeito à minha condição humana. É próprio do homem filosofar, embora seja doloroso. Vista assim, a filosofia passa a ser uma necessidade, uma vez que todos nos deparamos com o grande motivador dessa atitude: a finitude. Pela maneira como reagimos a isso, à finitude, definimos ações, modos de pensar, visão de mundo, relacionamentos. Por isso o princípio socrático de que filosofar é aprender a morrer.
Bem, essa é uma questão que precisaremos voltar. Um dia.
Gilles Deleuse tentou responder a esta pergunta. Mas ele tentou responder apenas num momento em que se achava experiementado o suficiente para o fazer. Não é isso que quero fazer aqui. Esta não é uma questão que se responda de pronto. Não há uma resposta objetiva para ela. Desde Pitágoras, para quem o filósofo era um amante da sabedoria, esta pergunta tem sido feita ao lado ou acompanhado de uma outra: pra que serve a filosofia?
Filosofia é o pensamento que se pensa. Esta é uma idéia clássica para um início de conversa. Para Platão, é a alma pensando em si mesma; pra Heidegger, filosofia é pensamento. Quando meus alunos me perguntam sobre o que é filosofia, tenho até uma resposta pronta: é uma inquietante pergunta pela vida.
E meus alunos, já filósofos de plantão, reagem com outra questão: mas o que é a vida? Aí, lembro de Dominico de Masi que, ao receber essa mesma indagação, responde: é caminhar na direção do outro.
Embora essa questão não possa ser respondida satisfatoriamente, dá pra se saber, pelo menos, o que não é filosofia: não são elocubrações, não são generalizações, não são sistemas de pensamento, não é estilo de vida, não são doutrinas.
Dá pra se saber também pra que serve a filosofia: para exercer uma reflexão crítica da realidade.
Dá pra se perceber ainda que a filosofia é uma atitude em que o pensamento analisa radicalmente a complexidade da realidade, numa busca incessante pela verdade.
Dessa forma, a filosofia é uma atitude que diz respeito à minha condição humana. É próprio do homem filosofar, embora seja doloroso. Vista assim, a filosofia passa a ser uma necessidade, uma vez que todos nos deparamos com o grande motivador dessa atitude: a finitude. Pela maneira como reagimos a isso, à finitude, definimos ações, modos de pensar, visão de mundo, relacionamentos. Por isso o princípio socrático de que filosofar é aprender a morrer.
Bem, essa é uma questão que precisaremos voltar. Um dia.
A Filosofia, enquanto se mostrou uma séria perquirição em busca da Verdade, mesmo considerando o momento em que o ceticismo produziu um cinismo amargo e destrutivo - próprio da incredulidade - em alguns filósofos, ela jamais perdeu seu valor. Tanto as incertezas, como o anseio pelas descobertas justificam essa indagação. Somente parece injustificável a arrogância dos que desejaram aniquilar a verdade e se tornaram seus opositores. Como um filósofo honesto poderia justificar sua nobre função de pensador, negando o próprio objeto da Filosofia? Não parece um contracenso: trabalhar no afã de desconstruir a própria razão do filosofar? Como a Filosofia poderia negar a razão, se ela sempre foi seu instrumento de trabalho? Como desconstruir a própria lógica, se ela sempre representou - para os verdadeiros filósofos - o alvo de sua busca da Verdade? Mesmo "tateando" , eles a desejaram. Não se pode justificar a falsidade, em nome da modernidade ou da pós-modernidade. Mesmo com suas facetas, meandros, ilusionismos, cores, atrativos, supostas liberdades, o engano deve ser confrontado e a distorção da verdade rejeitada. O amor à Verdade e ao Deus da Verdade deveria ser a motivação maior e mais nobre de todo Filósofo. Isso poderia elevar ao nível mais sublime o pensar filosófico. Hoje, temos as Escrituras completas, como ignorá-las na procura da Verdade? Se os pensadores cristãos tivessem um compromisso inegociável com a Palavra, com humildade, poderiam glorificar a Deus e desglorificar o homem. E, certamente, derrubaria a vaidade, a arrogância e o orgulho de muitos que negam os valores cruciais da existência e acabam por destruir a própria racionalidade. Antes, entronizaram a razão, agora, querem sufocá-la. No modernismo e no pós-modernismo essa é a realidade.
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