A páscoa é uma festa que remonta a idéia do sacrifício como uma atitude interior de busca, reconciliação e apaziguamento diante de algo que nos inquieta. A festa, de origem judaica, está associada à saída do povo hebreu do Egito para a terra da promessa. É a festa da passagem, a transição entre o inverno e a primavera, do tempo de trevas para um tempo de luz, da época de escravidão para a liberdade. Durante essa festa, o sacrifício de um cordeiro era o ato central. Foi num tempo de Páscoa que o judeu Jesus foi crucificado como um cordeiro expiatório.
Diante disso, surge a pergunta: o que é sacrifício? A noção de sacrifício está situada entre as noções de redenção e de pecado. A palavra vem do latim sacrificium, que está relacionada ao ato de fazer com que alguma coisa se torne sagrada. Sacrificar é converter em sagrado o objeto que será dado em oferta.
Existem diversas formas de sacrifício, umas ligadas a alguma expressão religiosa, outras associadas a algum desejo altruísta de reparação. Está na dimensão do sagrado, pois aproxima os homens de esferas desconhecidas, normalmente entendidas como divinas, por meio da aniquilação, literal ou figuradamente, de um animal, planta, objeto ou mesmo um ser humano.
O sacrifício primitivo está associado a uma troca para aplacar a ira dos deuses e para purgar um sentimento de insegurança ou culpa que possa existir. Embora a palavra possa ter origem nos rituais religiosos, o sacrifício é uma grande metáfora que lembra a ação altruísta, de renúncia, de abnegação e desprovida de interesses pessoais em favor do outro.
A essência do sacrifício é atribuir honras a Deus, a maior homenagem que a criatura pode prestar ao seu criador. Mas, ao contrário do que a narrativa do Antigo Testamento possa aparentar, Deus não se agrada de qualquer tipo de sacrifício ritual. “Acaso como carne de touros ou bebo sangue de bodes? Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo, e clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará.” Salmos 50.13-15.
A Bíblia nos diz qual é o tipo de sacrifício que agrada a Deus: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” Salmos 50.17. E mais: “Pois desejo misericórdia, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos.” Oséias 6.6.
Se fôssemos desenvolver uma teologia bíblica do sacrifício, teríamos que começar com o convite: “[...] se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” Romanos 12.1. Exatamente pelo fato de que essa foi a atitude de Jesus: “... assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos [...].” Hebreus 9.28. No que diz respeito a esse aspecto, a Bíblia é insistente: “[...] ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.” Hebreus 13.15-16.
Agostinho afirmou que o sacrifício nada mais é senão o amor. Hegel compreendeu que o cristianismo não é uma religião de sacrifício material, uma vez que sua compreensão não está associada a um abandono de uma posse imediata ou de uma existência natural, mas de um ato simbólico mediante o qual submeto a Deus toda a minha existência. É como Goethe certa vez afirmou: “Um grande sacrifício é fácil, os pequenos sacrifícios contínuos é que custam.”
Diante disso, surge a pergunta: o que é sacrifício? A noção de sacrifício está situada entre as noções de redenção e de pecado. A palavra vem do latim sacrificium, que está relacionada ao ato de fazer com que alguma coisa se torne sagrada. Sacrificar é converter em sagrado o objeto que será dado em oferta.
Existem diversas formas de sacrifício, umas ligadas a alguma expressão religiosa, outras associadas a algum desejo altruísta de reparação. Está na dimensão do sagrado, pois aproxima os homens de esferas desconhecidas, normalmente entendidas como divinas, por meio da aniquilação, literal ou figuradamente, de um animal, planta, objeto ou mesmo um ser humano.
O sacrifício primitivo está associado a uma troca para aplacar a ira dos deuses e para purgar um sentimento de insegurança ou culpa que possa existir. Embora a palavra possa ter origem nos rituais religiosos, o sacrifício é uma grande metáfora que lembra a ação altruísta, de renúncia, de abnegação e desprovida de interesses pessoais em favor do outro.
A essência do sacrifício é atribuir honras a Deus, a maior homenagem que a criatura pode prestar ao seu criador. Mas, ao contrário do que a narrativa do Antigo Testamento possa aparentar, Deus não se agrada de qualquer tipo de sacrifício ritual. “Acaso como carne de touros ou bebo sangue de bodes? Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo, e clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará.” Salmos 50.13-15.
A Bíblia nos diz qual é o tipo de sacrifício que agrada a Deus: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” Salmos 50.17. E mais: “Pois desejo misericórdia, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos.” Oséias 6.6.
Se fôssemos desenvolver uma teologia bíblica do sacrifício, teríamos que começar com o convite: “[...] se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” Romanos 12.1. Exatamente pelo fato de que essa foi a atitude de Jesus: “... assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos [...].” Hebreus 9.28. No que diz respeito a esse aspecto, a Bíblia é insistente: “[...] ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.” Hebreus 13.15-16.
Agostinho afirmou que o sacrifício nada mais é senão o amor. Hegel compreendeu que o cristianismo não é uma religião de sacrifício material, uma vez que sua compreensão não está associada a um abandono de uma posse imediata ou de uma existência natural, mas de um ato simbólico mediante o qual submeto a Deus toda a minha existência. É como Goethe certa vez afirmou: “Um grande sacrifício é fácil, os pequenos sacrifícios contínuos é que custam.”
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