As manifestações que eclodem no mundo árabe trazem uma expectativa por um tempo de liberdade a um povo acostumado às expressões tribais e a uma visão de mundo moralista e, até certo ponto, mítica. O fato é que a juventude urbana e de classe média – em sua maioria – se levanta para clamar, num contexto oriental e islâmico, por direitos e liberdade protagonizados pela racionalidade ocidental.
Desde os primeiros levantes que começaram em janeiro de 2011 na Tunísia e que se espalharam pelo Egito e o Bahrein, as manifestações pedem por liberdade de expressão, direitos civis e mudanças políticas como o fim das longas ditaduras. Kaddafi foi o que mais resolveu pagar o preço de tentar conter o inexorável movimento das mudanças. Líder da Líbia por mais de 40 anos, sua atitude demonstra o que ele sempre quis fazer: guerrilha, e agora contra seu próprio povo. Quem leu o incoerente “livro verde” dele sabe disso. Eu tinha 19 anos quando o li e avisei aos amigos naquela época que se tratava de um ditador oportunista.
Ao acompanhar as manifestações que se estendem hoje pela Síria, Iêmem, Argélia, Marrocos, Jordânia, Omã e Irã (o Iraque também, mas o quadro deixado pela guerra com os norte-americanos confunde os melhores analistas), é possível verificar que há uma forte busca por um novo paradigma político para a região.
Tenho orado sistematicamente por esses povos desde as primeiras notícias. Lembro-me que eles fazem parte da Janela 10/40, uma região delimitada pelas agências missionárias cristãs na década de 1990, onde se encontra o maior índice de perseguição aos cristãos e o menor número de seguidores da fé cristã.
Não quero fazer uma aproximação entre a “primavera árabe” (como tem sido chamada essa crise) e a proposta missionária que mobilizou cristãos de todo o mundo para interceder pelas nações dessa faixa de terra. Quero, sim, entender o movimento histórico dessas mudanças.
Temo que as aspirações, que ganharam proporções extraordinárias através dos sites de relacionamento, apontem para o equívoco em que o ocidente se encontra: o de viver uma liberdade individual, neo-hedonista e fragmentada. Mas me entusiasmo com o despertar de uma geração que ousa sonhar um futuro melhor e lutar por novas utopias.
Não resta a menor dúvida que se trata de uma ocidentalização do mundo árabe. Como será a convivência desse novo paradigma com a sua milenar cultura tribal ninguém sabe. Porém, é impressionante ver a força de quem ousa sonhar e, mesmo que nenhum dos seus sonhos possa ser realizado, se nega a viver o pesadelo de não lutar pelos seus sonhos.
Desde os primeiros levantes que começaram em janeiro de 2011 na Tunísia e que se espalharam pelo Egito e o Bahrein, as manifestações pedem por liberdade de expressão, direitos civis e mudanças políticas como o fim das longas ditaduras. Kaddafi foi o que mais resolveu pagar o preço de tentar conter o inexorável movimento das mudanças. Líder da Líbia por mais de 40 anos, sua atitude demonstra o que ele sempre quis fazer: guerrilha, e agora contra seu próprio povo. Quem leu o incoerente “livro verde” dele sabe disso. Eu tinha 19 anos quando o li e avisei aos amigos naquela época que se tratava de um ditador oportunista.
Ao acompanhar as manifestações que se estendem hoje pela Síria, Iêmem, Argélia, Marrocos, Jordânia, Omã e Irã (o Iraque também, mas o quadro deixado pela guerra com os norte-americanos confunde os melhores analistas), é possível verificar que há uma forte busca por um novo paradigma político para a região.
Tenho orado sistematicamente por esses povos desde as primeiras notícias. Lembro-me que eles fazem parte da Janela 10/40, uma região delimitada pelas agências missionárias cristãs na década de 1990, onde se encontra o maior índice de perseguição aos cristãos e o menor número de seguidores da fé cristã.
Não quero fazer uma aproximação entre a “primavera árabe” (como tem sido chamada essa crise) e a proposta missionária que mobilizou cristãos de todo o mundo para interceder pelas nações dessa faixa de terra. Quero, sim, entender o movimento histórico dessas mudanças.
Temo que as aspirações, que ganharam proporções extraordinárias através dos sites de relacionamento, apontem para o equívoco em que o ocidente se encontra: o de viver uma liberdade individual, neo-hedonista e fragmentada. Mas me entusiasmo com o despertar de uma geração que ousa sonhar um futuro melhor e lutar por novas utopias.
Não resta a menor dúvida que se trata de uma ocidentalização do mundo árabe. Como será a convivência desse novo paradigma com a sua milenar cultura tribal ninguém sabe. Porém, é impressionante ver a força de quem ousa sonhar e, mesmo que nenhum dos seus sonhos possa ser realizado, se nega a viver o pesadelo de não lutar pelos seus sonhos.
Olá! Já que o assunto é o mundo árabe e, consequentemente, mulçumano, gostaria de convidá-lo e a todos os seus leitores para lerem e comentarem nosso artigo "ISLAMISMO: A RELIGIÃO QUE MATA. É POSSÍVEL UM DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?", em:
ResponderExcluirhttp://filosofiacalvinista.blogspot.com/2011/03/islaminsmo-religiao-que-mata-e-possivel.html
Tudo de bom e parabéns pelo blog. Sempre acompanho as postagens.