“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os
homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” 1 Coríntios 1.25
Max Weber, sociólogo alemão do século XX, afirmou que a maneira de
pensar do ocidente na modernidade foi marcada pelo que chamou de
“desencantamento do mundo”. Ele queria se referir ao fato de que, até o fim da
Idade Média, as pessoas estavam acostumadas a explicar a realidade a partir da
sua experiência religiosa. Com a modernidade, passou a buscar explicações racionais
para a realidade.
Um mundo desencantado é aquele em que não há espaço para o que a
ciência não pode explicar. Ficam de fora do conhecimento: a compreensão de
Deus, as relações com o sagrado e as experiências subjetivas da fé. Para a
racionalidade moderna, essas coisas não passam de fenômenos fantasiosos e
mágicos.
Isso significou a racionalização da fé e a redução da experiência
de Deus a uma prática ingênua e a uma moralidade. A religiosidade racional
limita o conhecimento de Deus a fórmulas pré-concebidas. Porém, com as mudanças
experimentadas após a Segunda Guerra Mundial, o que se vê é um reencantamento
do mundo, um retorno da busca pela espiritualidade. Afinal, a ciência
mostrou-se incapaz de nos salvar.
Pessoas precisam de Deus como sempre precisaram. Pessoas são
confrontadas com a transitoriedade da vida como sempre foram. Pessoas têm
abertura para o futuro e a esperança como sempre tiveram. Reencontrar o encanto
da vida é encontrar Deus nos lugares em que a vida acontece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário