Quem é Deus para você e quem é você para Deus? Deus é uma palavra carregada de mistério. Não dá para ignorá-la e não dá para tomar posse dela. Não serve como instrumento de barganha, nem como analgésico instantâneo para a dor. Não dá para usá-la como arma contra o outro nem deixar de lhe atribuir um sentido. Entretanto, mais do que uma palavra, referir-se a Deus dá conta de uma presença, como um rumor que perpassa a nossa história e nos remete a uma busca, como expressão de desejo e de transcendência que somos.
Já houve tempo em que crer em Deus era uma exigência. Já se viveu época em que era impossível imaginar a não existência de Deus. A Modernidade, porém, com sua nova mentalidade científica, trouxe a ideia de que a existência de Deus é uma impossibilidade. O ateísmo tornou-se uma ameaça. Hoje, saltou-se do ceticismo para a indiferença, o que é mais preocupante do que simplesmente não crer ou negá-lo. O que se vê, contudo, é um retorno do sagrado e uma nova abertura para o transcendente. Seria isso o surgimento de uma nova pergunta por Deus?
Não é tão relevante se você se importa com isso ou não, ou se você o busca ou não. O fato é que Deus vem ao nosso encontro e indaga a nós como indagou a Adão no Édem: “onde estás?” Você vai descobrir que é possível experimentá-lo antes mesmo de tentar compreendê-lo e que é preciso primeiro invocá-lo para depois se pensar sobre ele. Diante de Deus, não há que se falar sobre ele, racionalizá-lo em uma forma explícita. Há que se cultivar a capacidade de percebê-lo, ouvir sua voz e acolher seu amor. Blaise Pascal reconheceu que “não é possível conhecê-lo a não ser quando ele mesmo se dá a conhecer”.
Quando se fala de Deus, fala-se a partir de uma relação. Não se trata do Deus da filosofia nem o das explicações objetivas , mas o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, o Deus de Jesus Cristo, o Deus dos vivos e não dos mortos. O Deus que é cheio de graça e o Deus que se esvazia. O Deus solitário e o Deus solidário. O Deus que se silencia e o Deus que acolhe. O Deus que é graça e salvação para o homem. Não é o Deus de nossas carências, não é fruto de nossos desejos infantis, não é um remédio contra a dor e a morte, não é um meio de satisfazer minhas necessidades humanas nem é um instrumento que eu possa manipular. É Deus que me vê como homem e que se faz homem para se aproximar de alguém como eu para compartilhar sua divindade comigo.
Na sinagoga de Buenos Aires, no lugar onde são guardados os livros da Toráh, está escrito: “Saiba diante de quem você está”. Para se dar conta disso, a Bíblia serve como um testemunho do Deus que se coloca diante do homem e que o chama para um caminho. Você não encontra na Bíblia explicações sobre quem Deus é ou como é possível desvendar os seus mistérios. Você encontra ali narrativas acerca de homens e mulheres que se põem em caminho com Deus, em meio às suas próprias circunstâncias históricas, escutando sua palavra e aceitando o seu propósito. A relação que Deus estabelece com o homem não é de distância, assim como não é possível conhecê-lo separado da história dessa relação.
Diante de situações limites da vida humana, como a dor e a morte, ou mesmo como o sucesso e a felicidade, ainda aí o homem tem a liberdade de acolher ou rejeitar a presença divina. Nas situações de fronteira da vida, temos a oportunidade concreta de encontro com Deus, de invocá-lo e de adorá-lo tal como ele é. Não há nada tão comovente como uma pessoa quebrantada diante da dor que grita: “Deus meu!” Da mesma forma, não há nada tão cheio de esperança e reconhecimento quando alguém tomado de alegria canta: “Deus meu!” Deus é sempre o Deus da nossa vida, como o mais íntimo de nós mesmos. Como afirmou Teresa de Ávila: “Quem a Deus tem nada lhe falta. Só Deus basta.”
Já houve tempo em que crer em Deus era uma exigência. Já se viveu época em que era impossível imaginar a não existência de Deus. A Modernidade, porém, com sua nova mentalidade científica, trouxe a ideia de que a existência de Deus é uma impossibilidade. O ateísmo tornou-se uma ameaça. Hoje, saltou-se do ceticismo para a indiferença, o que é mais preocupante do que simplesmente não crer ou negá-lo. O que se vê, contudo, é um retorno do sagrado e uma nova abertura para o transcendente. Seria isso o surgimento de uma nova pergunta por Deus?
Não é tão relevante se você se importa com isso ou não, ou se você o busca ou não. O fato é que Deus vem ao nosso encontro e indaga a nós como indagou a Adão no Édem: “onde estás?” Você vai descobrir que é possível experimentá-lo antes mesmo de tentar compreendê-lo e que é preciso primeiro invocá-lo para depois se pensar sobre ele. Diante de Deus, não há que se falar sobre ele, racionalizá-lo em uma forma explícita. Há que se cultivar a capacidade de percebê-lo, ouvir sua voz e acolher seu amor. Blaise Pascal reconheceu que “não é possível conhecê-lo a não ser quando ele mesmo se dá a conhecer”.
Quando se fala de Deus, fala-se a partir de uma relação. Não se trata do Deus da filosofia nem o das explicações objetivas , mas o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, o Deus de Jesus Cristo, o Deus dos vivos e não dos mortos. O Deus que é cheio de graça e o Deus que se esvazia. O Deus solitário e o Deus solidário. O Deus que se silencia e o Deus que acolhe. O Deus que é graça e salvação para o homem. Não é o Deus de nossas carências, não é fruto de nossos desejos infantis, não é um remédio contra a dor e a morte, não é um meio de satisfazer minhas necessidades humanas nem é um instrumento que eu possa manipular. É Deus que me vê como homem e que se faz homem para se aproximar de alguém como eu para compartilhar sua divindade comigo.
Na sinagoga de Buenos Aires, no lugar onde são guardados os livros da Toráh, está escrito: “Saiba diante de quem você está”. Para se dar conta disso, a Bíblia serve como um testemunho do Deus que se coloca diante do homem e que o chama para um caminho. Você não encontra na Bíblia explicações sobre quem Deus é ou como é possível desvendar os seus mistérios. Você encontra ali narrativas acerca de homens e mulheres que se põem em caminho com Deus, em meio às suas próprias circunstâncias históricas, escutando sua palavra e aceitando o seu propósito. A relação que Deus estabelece com o homem não é de distância, assim como não é possível conhecê-lo separado da história dessa relação.
Diante de situações limites da vida humana, como a dor e a morte, ou mesmo como o sucesso e a felicidade, ainda aí o homem tem a liberdade de acolher ou rejeitar a presença divina. Nas situações de fronteira da vida, temos a oportunidade concreta de encontro com Deus, de invocá-lo e de adorá-lo tal como ele é. Não há nada tão comovente como uma pessoa quebrantada diante da dor que grita: “Deus meu!” Da mesma forma, não há nada tão cheio de esperança e reconhecimento quando alguém tomado de alegria canta: “Deus meu!” Deus é sempre o Deus da nossa vida, como o mais íntimo de nós mesmos. Como afirmou Teresa de Ávila: “Quem a Deus tem nada lhe falta. Só Deus basta.”
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