segunda-feira, 15 de abril de 2024

O desafio do amor: o que impede o amor? / The challenge of love: what stops love? / El desafío del amor: ¿qué detiene el amor?

A Bíblia diz que o amor pode ser interrompido. O autor da carta aos Hebreus diz: Seja constante o amor fraternal” (Hebreus 13.1 NVI). Ele usa a metáfora do fluxo de um rio, em que a água precisa superar obstáculos que impedem sua correnteza contínua. Embora a Bíblia afirme em outra passagem que o amor jamais acaba (cf. 1 Coríntios 13.8), existem barreiras que podem impedir sua realização.

O texto fala do amor como uma atitude que correspondia ao relacionamento entre os cristãos, como uma relação de amizade entre irmãos: a philadelphia. Essa relação fraterna é que conduz ao verdadeiro amor cristão. Não há outra forma de seguir a Cristo que não seja através da prática do amor fraternal.

Esse versículo é registrado em outras traduções da seguinte forma:

- “Continuem a amar uns aos outros como irmãos em Cristo” (NTLH).

- “Permaneça o amor fraternal” (ARC).

- “O amor fraterno permaneça” (Hebreus 13.1 BJ).

O amor fraternal é um dom precioso que não podemos permitir que diminua ou se apague, visto que ele é expressão do amor divino por toda a criação. Quando amos uns aos outros demonstramos que estamos comprometidos com aquilo que move o coração de Deus.

Porém, descobrimos que o amor pode passar por instabilidades, pode crescer ou diminuir, pode surgir e desaparecer, pode inclusive cessar, sobretudo o amor fraternal. Jesus alertou que o amor de muitos esfriaria com a chegada dos tempos do fim (Mateus 24.12).

O apelo do autor para que ele seja constante significa que o amor já existia entre os irmãos. naquela comunidade de fé para onde era destinada a Carta aos Hebreus, e que precisava continuar. Apesar de todas as diferenças, provocações e decepções, o amor fraternal precisa ser praticado de forma constante.

O que pode impedir o amor? O que pode sufocá-lo? Há três fatores que aniquilam o amor: o egoísmo, a indiferença e maldade. Eles agem como verdadeiras barreiras que impedem que o amor aconteça.

O egoísmo aponta para a autossuficiência do eu. É a atitude de arrogância por se achar melhor do que os demais. O egoísta é aquele que tem um apego exagerado pelos seus próprios interesses sem se importar com os outros.

A indiferença se baseia na falta de comprometimento com a dor do outro. A intolerância para com o próximo nos impede de conviver com o diferente.

A maldade nasce de nossas próprias escolhas provocadas pela ganância, pela inveja e pelo preconceito.

O que impede o amor pode ser vencido por aquilo que o nutre e alimenta: o altruísmo, a empatia e a bondade. Esses fatores fortalecem o amor e lança o desafio de amar, como um chamado a sermos solidários e cooperadores uns com os outros. Essas atitudes aperfeiçoam o amor em nós e nos levam a agirmos de forma mais humana com o próximo. 

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