“Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas
não contemplassem o resplendor que se desvanecia.” 2 Coríntios 3.13
Uma das histórias mais
curiosas da Bíblia a respeito de identidade é a de Moisés, homem que esteve
face a face com Deus e o entendia por sua essência. Certa vez, depois de ter passado
por uma das mais impressionantes experiências de encontro com Deus, sentiu a
necessidade de representar simbolicamente o que sentia. Ele havia reconhecido o
quanto Deus ama e o quanto estamos distantes de sua graça, ele havia percebido
o quanto estamos equivocados em relação ao que diz respeito às relações com
Deus e o quanto ele nos acolhe e perdoa.
Seu rosto resplandecia
cada vez que entrava na presença de Deus, a partir de então. Logo em seguida,
descia para falar com o povo. Quando acabava de falar, cobria o rosto e só
voltava a descobri-lo quando entrava de novo na presença de Deus. Na verdade, Moisés
sentiu a necessidade de cobrir o seu rosto para que encobrisse a glória que
estava sumindo. Este fato é relatado em Êxodo 34.29-35.
Essa atitude de Moisés tem
a ver com a maneira como lidamos com nossas aparências. A tentativa de mostrar
o que não somos tem a ver com o uso que fazemos de máscaras. As máscaras
escondem a nossa identidade e interferem em nossa maneira de ser.
[...]
Conhecer sobre isso é
importante demais pois nos ajuda a crescer pessoalmente. A completa maturidade
só é alcançada pelo pleno desenvolvimento da personalidade.
Somos habilidosos em usar
máscaras e a lidar com sombras. Sem as máscaras, não nos reconhecemos. Com
relação às sombras, enganamos a nós mesmos. É um jogo em que, quando somos
confrontados, passamos por uma experiência dolorosa. É uma grande desilusão
descobrir que passamos a vida inteira à margem de nós mesmos.
Por causa dessa nossa
habilidade, temos a tendência de nos autoenganar e até de sabotar a maneira de
lidar com nossa própria vida. Nossa natureza comporta uma condição tal que
permite que surjam sentimentos bons e ruins em relação a todas as situações
vividas pelo simples fato de sermos humanos.
É nessa perspectiva que Deus
nos chama a um mergulho no ser a fim de que vivenciemos uma fé sincera. O
apóstolo Paulo disse certa vez a seus discípulo Timóteo: “O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de
uma boa consciência e de uma fé sincera.” 1 Timóteo 1.5.
(Extraído do e-book Quem é você? Quando nossa identidade é
colocada em jogo. Disponível na Amazon e neste blog)
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