O
segundo turno da eleição não é um combate, mas uma oportunidade
de diálogo marcado pelo bom senso, que prime por um processo de paz
e que vise a formação de uma sociedade mais justa e solidária.
Duas ideias de governo estão sendo avaliadas. E entendo que as
pessoas devem ser livres para fazer suas escolhas, lidando com
informações transparentes, com o contraditório e conhecendo melhor
o caráter de seus candidatos. O uso de ofensas, memes
e “fake news” não contribui em nada para uma avaliação
minimamente proveitosa.
O
segundo turno exige que se escolha um lado, e o lado certo dessa
escolha é a oposição a toda forma de fascismo, ditadura e
barbárie. Estou torcendo para que a maioria escolha o lado da
democracia, da liberdade e da civilidade. O debate político para o
segundo turno deve ser uma discussão transparente de propostas que
possam fazer o país avançar em termos de desenvolvimento econômico
com justiça social, com oportunidade para todos e com o respeito aos
direitos humanos. Não há outra saída para o Brasil. E essa saída
só se dá pelo caminho da democracia. Isso é civilidade.
Minha
posição para o segundo turno é estar ao lado da democracia, contra
toda forma de fascismo. Não quero ficar omisso diante da ameaça
real de cerceamento das liberdades, de retirada de direitos
conquistados e de aumento da opressão contra as minorias e os mais
vulneráveis. Aprendi no evangelho que o lugar do cristão é ao lado
da justiça, da compaixão, da tolerância, do amor, do perdão.
Jamais estarei ao lado de quem faz apologia à tortura. Meus exemplos
são: Dietrich Bonhoeffer, que não se calou diante do nazismo,
quando Hitler ainda era visto como um homem de bem; Martin Luther
King Jr, que se posicionou firmemente contra o preconceito e o
racismo numa sociedade que se achava liberal, com um forte discurso
pacifista e não armamentista; Desmond
Tutu, que assumiu a luta contra o apartheid;
Jesus
de Nazaré, que inspirou a tantos na história para lutarem pela
justiça e pelo amor e me chamou para ser um portador de boas
notícias para o mundo.
A
bandeira da democracia não é de um partido ou de um candidato. É
de todos aqueles que desejam viver numa sociedade mais justa, livre e
solidária, como defende a Constituição Brasileira. O Estado
Democrático de Direito é o ideal para toda nação. O fato curioso
é que a democracia não está sob ameaça somente no Brasil. O
avanço da extrema direita no mundo e a consequente retomada do
discurso fascista acontece em várias partes do mundo. Esse fenômeno
é resultado do neoliberalismo que se impõe como forma de cominação
do mercado sobre a sociedade. Neoliberais não se importam de trazer
à tona a face do fascismo, fomentando o ódio a quem pensa
diferente.
Ficar
silencioso diante do crescimento dessa onda de ódio e de insensatez
que toma conta do debate político é algo que me faz muito mal. Não
quero ser omisso diante do que está sendo tramado contra o povo
deste país. E oro para que Deus não permita que os tempos de
exceção retornem em nossa nação.
Esse é o lema: democracia acima de tudo, liberdade acima de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário