domingo, 2 de dezembro de 2007

Auditoria Moral / Moral Inventory

Você já parou para fazer uma auditoria moral de sua vida? De que maneira você pode fazer isso? Faça um levantamento das escolhas que você fez e que podem ser consideradas erradas. Dentre essas escolas, quais as que afetaram somente a você e quais as que afetaram a alguém?
Certamente você terá mais facilidade de identificar as coisas que prejudicaram a você, que levaram a perdas e fracassos. Isso acontece porque temos uma tendência muito grande de centrar o nosso foco no eu, de achar que o nosso problema é sempre maior do que o do outro.
Essa maneira de tratar as nossas escolhas, atitudes e decisões envolvem o nosso campo perceptivo da realidade. Isso pode nos levar a uma auto-ilusão, porque não somos dotados de sinalizadores que nos indicam o grau de risco e de perigo em cada situação. Isso pode levar também a uma racionalização, porque nós temos uma capacidade apurada para buscar explicações causais que justifiquem nossas circunstâncias.
Entretanto, é preciso apontar uma outra perspectiva para a avaliação de nossas escolhas, atitudes e decisões. Ela está relacionada ao imaginário, que é o conjunto das representações através das quais vemos a realidade. Imaginário é o ato de imaginar, de romper as barreiras do real, da temporalidade, do que é dado, para pensar aquilo que se tem apenas como desejo.
O imaginário, melhor dizendo, é uma capacidade de prever como nossas escolhas, atitudes e decisões afetam o outro. Uma capacidade de prever também como essas mesmas escolhas, atitudes e decisões afetam o nosso próprio processo de transformação pessoal.
Esse modo de ver a questão da moral é o que move o cinema, o teatro, a literatura, a arte. É uma visão criativa que pode ser aplicada ao trabalho, à fé, aos relacionamentos. Pascal já dizia que “nossa obrigação é pensar como deveríamos”. A base dessa reflexão é: como você gostaria de ser tratado se estivesse no lugar do outro?
Foi isso que Jesus ensinou: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mateus 7:12). Essa também é a regra de ouro de todo relacionamento.
Essa questão nos remete à definição de quem somos e para onde estamos caminhando. Uma sociedade que não vê a questão moral do ponto de vista do imaginário é uma sociedade sem rumo. É um sinal de que precisa corrigir a sua visão.

2 comentários:

  1. Irênio,
    tem dois prêmios p'rá você la´no nosso cantinho,
    vai ver!
    beijos,
    alê

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  2. Oi Alê, obrigado pelos prêmios. Fico muito feliz por isso. são os primeiros. E vindo de você fica melhor ainda.

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