“Grande é o nosso Soberano e tremendo é o seu poder; é
impossível medir o seu entendimento.” Salmos 147.5
Há uma canção cristã antiga que afirma
categoricamente em seu refrão: “Deus sabe, Deus ouve, Deus vê”. Diante das
circunstâncias em que nos sentimos tão pequenos, limitados e fracos, é
confortante saber que há alguém que nos assiste em nossa angústia e nos acalma.
O problema é o que fazemos com essa
informação. Podemos desenvolver uma fé ingênua e compreender Deus como um pai
rico que nos dá tudo o que pedimos. Ou podemos ir para o outro extremo de achar
que Deus é impotente e nos entrega à nossa própria sorte e ao destino.
Prefiro pensar que Deus é aquele que nos
chama para dentro da vida. Ao mesmo tempo em que é poderoso para criar todas as
condições para que a vida aconteça, com todas as suas implicações, ele também
tem um amor paternal além da nossa compreensão.
Um Deus assim se relaciona comigo em
amor e liberdade. É por que me ama que me deixa livre para fazer escolhas. E é
na medida que faço minhas escolhas que ele expressa seu amor e se dirige a mim.
O resultado disso é uma fé que seja
síntese de amor e liberdade, de escolhas e determinismo.
A canção antiga dizia que é desse modo
que Deus nos faz um gigante. Ele sabe o que vai dentro de nós, ouve a nossa
súplica e vê a nossa angústia. Se isso não é amor, o que mais pode ser?
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