“Então Jesus lhe disse: ‘Levante-se! Pegue
a sua maca e ande’” (João 5.8).
O poço de Betesda era o lugar propício para a prática
da misericórdia. Seu nome significava isso mesmo: “casa de
misericórdia”. Ao lado dele havia sido construído abrigos para acomodar muita
gente. Porém a história era bem outra.
Conta-se que aquele
era o lugar em que as famílias, para se verem livres dos seus doentes, os
abandonava junto à fonte de água que jorrava ali. Com o tempo, desenvolveu-se
uma crença de que um anjo visitava de vez em quando o lugar e agitava as águas
do poço. O primeiro que mergulhasse seria curado.
Não se sabe se
alguém chegou a receber a cura ali. Mas dá para se fazer uma ideia do tumulto que
acontecia. Os mais ricos logo ocuparam os lugares mais próximos ao poço. Alguns
até contratavam escravos para vigiarem a água para eles. De repente, alguém
gritava: “a água foi agitada!” E todos disputavam para ver quem mergulhava
primeiro. Cegos, paralíticos, mutilados, surdos, toda sorte de portadores de
necessidades especiais. Eram maltrapilhos e rejeitados. Todos disputando entrar
no poço.
Quanta
história de fracasso e decepção cercava o poço de Betesda! Quanta esperança e
fé havia ali apesar de tudo! A única coisa que não havia era misericórdia. Essa
passava longe do lugar onde se dizia que era a sua habitação.
Até que um dia
Jesus passou por ali. Viu um paralítico deitado em seu leito, triste e
desolado.
– Há quanto
tempo você está aqui?
– 38 anos...
– Depois disso
tudo, você ainda tem esperança de ser curado?
– Senhor,
ninguém me ajuda. E quando a água é agitada, vem outro mais esperto e entra
primeiro.
– Então,
levanta, pega o seu leito e anda!
Imediatamente
o que era paralítico se levantou e andou.
Qual é o lugar
da misericórdia? O lugar onde aquele que é misericordioso encontra-se com
alguém que precisa de misericórdia.
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